Dando continuidade ao mês de celebração da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha e da Mulher Africana, revisitamos a entrevista com Lília Momplé, no segundo episódio da rubrica PéKáPéLá, onde foram retratadas experiências a partir do continente mãe, África e gravado em Moçambique, em 2015.
Lília Momplé, escritora nascida na Ilha de Moçambique, tem como tema central o colonialismo português. Escreveu vários livros de contos aos quais ainda poucos têm acesso, que deram origem à Antologia de Contos.
A escritora contribuiu com diversos artigos publicados na imprensa e além de ser autora de obras literárias significativas como: Ninguém Matou Suhura (1988), Neighbours (1996), Os Olhos da Cobra Verde (1997) e o roteiro para o premiado filme Muhupitit Alima (1988). Em 2001, recebeu o Prêmio Caine para Escritores Africanos pelo conto O Baile de Celina, presente no livro Ninguém Matou Suhura. Momplé também foi agraciada com o 1º Prémio de Novelística no Concurso Literário do Centenário da cidade de Maputo, com o conto Caniço.
Lília Momplé trabalhou como funcionária da Secretaria de Estado da Cultura e diretora do Fundo para o Desenvolvimento Artístico e Cultural de Moçambique. Além disso, ocupou os cargos de secretária-geral e presidente da Associação de Escritores de Moçambique, bem como representante do Conselho Executivo da UNESCO. Ao longo de sua vida, residiu por algum tempo no Reino Unido e no Brasil, mas acabou retornando definitivamente a Moçambique em 1972, onde vive até hoje.