Arquivo Rádio Afrolis: Luzia Gomes – “Precisamos pensar nos museus no presente”

No episódio 156, a Afrolis entrevistou Luzia Gomes, uma brasileira do Recôncavo Baiano. Luzia Gomes é poeta, feminista negra e professora universitária. Ela possui um doutorado em Museologia pelo Programa de Doutoramento em Museologia da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Além disso, ela é mestra em Antropologia Social pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia e obteve sua graduação em Museologia pelo Departamento de Museologia da Universidade Federal da Bahia.

Luzia Gomes coordenou o Grupo de Estudos em Museologia Teórica no Laboratório de Pesquisas Integradas em Museologia, no Brasil. Ela também publicou um livro de poemas intitulado “Etnografias Uterinas de Mim” em Lisboa no ano de 2017. Além disso, contribuiu com poemas de sua autoria na antologia “Djidiu: A Herança do Ouvido – Doze formas mais uma de se falar da experiência negra em Portugal” (2018), em colaboração com poetas de Angola, Guiné-Bissau e Cabo Verde residentes em Portugal.

Seus estudos estão centrados na intersecção entre a teoria museológica e as teorias dos feminismos negros e de raça. Ela pesquisa sobre museus, representações e representatividade negra, bem como literaturas e memórias afrodiáspóricas e africanas.No ano de 2017, Luzia Gomes compartilhou reflexões sobre a questão de quem tem direito à memória e quem possui esse direito nos museus em Lisboa. Ela conduziu uma análise crítica sobre a representação da memória negra em museus, observando que uma preocupação recorrente é que a representação da experiência negra esteja frequentemente vinculada à escravidão, o que lhe causa desconforto:  “O que sempre me causa incómodo quando se fala dessas memórias [negra/africana] e que a representação negra está sempre ligada à escravidão.” 

 

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