A Afrolis ouviu Lwando Xaso, numa conversa com Adama Sanneh, CEO da Fundação Moleskine, integrada numa série de palestras sobre o papel do amor na prática curatorial – “Curating as a practice of Love” – , coordenada por Mónica de Miranda.
Lwando Xaso é formada em Direito pela Universidade de Joanesburgo, tem um mestrado em Direito Constitucional e Administrativo pela Universidade da Cidade do Cabo e é também mestre em Direito Internacional (Universidade de Notre Dame). Foi escriturária no Tribunal Constitucional Edwin Cameron e exerceu advocacia durante mais de oito anos em Norton Rose Fulbright e Edward Nathan Sonnenbergs. Contribuiu para o livro One Law One Nation, que detalha a história da elaboração da Constituição sul-africana e escreve frequentemente para várias publicações sobre temas de identidade, história, cultura, política e direito. Atualmente, trabalha na sua consultoria, Including Society. A beneficiária da Franklin Thomas Fellowship é autora do livro Made in South Africa; A Black Woman’s Stories of Rage, Resistance and Progress, publicado em 2020. A autora, integra ainda a equipa responsável pela curadoria do Museu We, The People, em Joanesburgo.
Esta entrevista resulta da troca entre a jornalista Carla Fernandes e Lwando Xaso, depois da palestra que teve lugar no dia 25 de fevereiro, no Hangar, por isso, todas as menções a declarações de Lwando Xaso têm esse primeiro encontro como referência. A entrevista gira em torno de questões relacionadas com a História, a preservação da memória e os desafios em processos curatoriais.
“Porque quando as pessoas minimizam a violência é porque há uma perda de memória relativamente ao que a violência nos tirou. E é fácil recorrer ao tipo de linguagem em que dizemos devíamos ter tido uma guerra civil, ter resgatado o país com armas, e tudo mais. E eu acho que esse tipo de tom casual perante a violência é porque pensamos no apartheid em termos muito abstratos. Mas temos de pensar na carne e no sangue e ouvir as histórias dos indivíduos que tinham esperanças e sonhos, e pessoas que queriam estar ainda hoje no mundo.”
Carla Fernandes (CF): Fala-nos do teu livro, a coleção de ensaios, Made in South Africa; A Black Woman’s Stories of Rage, Resistance and Progress, publicado em 2020. Porquê este título?
Lwando Xaso (LX): [riso] Made in South Africa… Bem, isso veio por último. O título veio por último. Eu não sabia que título dar ao livro e perguntei a um dos meus mentores que é um juiz proeminente do Tribunal Constitucional. Na verdade, ele sabe falar português. Passou algum tempo em Moçambique e… tantas conexões a Portugal, mas conto essa história mais tarde. Ele conhece a minha escrita e perguntei-lhe: “Como o descreverias? Talvez consiga ter inspiração para o nome”. Ele disse: ”Estas são histórias feitas exclusivamente na África do Sul. E pensei: “É isso, Made in South Africa”. Mas, depois, relativamente ao resto do título, queria que as pessoas soubessem que ser feito na África do Sul significa, muitas vezes, estar enraivecido. Assumir uma postura de resistência. Mas, ao mesmo tempo, há também uma sensação de progresso. Algumas pessoas podem pensar “A sério? Progresso?”, mas eu acho que há. Acho que é caótico, mas, até mesmo no meio do caos, há algum tipo de impulso de uma democracia que está a amadurecer e a desenvolver-se. Acho que muito de quem eu sou, como acontece com muita gente, muito do meu ADN está ligado aos anos formativos da transição da África do Sul da desativação do apartheid para nos tornarmos um país novo, carregando os fragmentos do passado e vendo o quão fragmentados estamos, enquanto sociedade e tentar construir uma nação. Eu observei tudo isto através do olhar da criança que era, e houve tantos momentos gloriosos, tantos momentos devastadores, que formaram a minha maneira de olhar o mundo, as coisas com que me preocupo, o facto de ser uma advogada; que me interesso por direitos humanos e constituições.
História, para mim, é a marca indelével que foi deixada em mim por uma figura tão grande como o Nelson Mandela e pelo facto de essa ter sido a minha primeira introdução ao poder, ao que um presidente deveria ser. Tudo isso, diz-me muito. Diz que eu sou feita na África do Sul e que todas essas coisas, os altos e baixos, as coisas de que me orgulho e envergonho, não existem fora de mim, no meu país. Elas também existem em mim.
CF: Disseste que começaste a escrever depois de Jacob Zuma se ter tornado o quarto presidente da África do Sul no período de 2009 a 2014. Tu referiste uma citação do escritor norte-americano, Ta-Nehisi Coates nesse contexto. Podes partilhar a citação e relacioná-la com o motivo pelo qual começaste a escrever?
LX: Eu comecei a ler o Ta-Nehisi Coates, como muitas outras pessoas, no começo da presidência de Barack Obama. Ele tinha sido um escritor sem muito protagonismo até aquela altura e, de repente, a América e o mundo precisavam de entender aquele momento – um presidente negro. Escritores como o Ta-Nehisi Coates eram precisos, porque ele compreendia tanto sobre o que a América é, e como o presidente Obama, a sua existência e liderança de um país tão dividido de tantas formas faziam parte de tudo isso. E há tantas questões históricas nos Estados Unidos que espelham as nossas… E descobri que, sempre que leio algo dele, penso “É o mesmo aqui!” E lembro-me de ele dizer, ou é parte de uma entrevista ou de algo que ele escreveu, onde ele diz, “enquanto escritores…” – porque ele escreveu sobre reparações por causa da escravatura, algo que na África do Sul é ainda um tópico bastante relevante, porque não só tivemos escravatura, como as reparações pelo apartheid continuam ausentes. – Então ele escreveu sobre reparações e, muitas pessoas, perguntaram “Como achas que deve ser resolvido?”; “De onde deve vir o dinheiro?” e o Ta-Nehisi Coates disse: “A minha função enquanto escritor é levar a discussão até um certo ponto, é articular um problema.” Fazer um diagnóstico não quer dizer que tens de produzir uma cura. Essa pode ser a tarefa de outra pessoa. E, ao mesmo tempo, ele dizia que não escrevia por pensar que através do seu artigo um oficial iria pensar “Ele tem razão. Temos de pagar reparações e o mundo vai mudar por causa do que escrevo.” Ele dizia que era uma coisa mais pessoal. Ele escreve para dizer ao mundo “Eu não acredito nas tuas mentiras.” E foi nesse momento que me apercebi que é por isso que eu escrevo. Porque quero articular as minhas verdades, as minhas crenças e os meus valores, especialmente sob a presidência de Jacob Zuma onde todos esses valores estavam sob ataque. E, às vezes, também o facto de acreditarmos que somos essas pessoas, que África representa ter presidentes corruptos, que é endémico, patológico em nós. Não. Eu vou escrever para dizer ao mundo que não acredito nessas mentiras. Quer escreva sobre capitalismo ou se eu escrever sobre racismo ou qualquer outro “ismo”, escrevo para afastar essas mentiras. E, para mim, é para a minha própria sanidade e para me juntar a um coro de vozes que estão a contrariar estas mentiras. E mais de nós somos precisas para articular a verdade sempre, especialmente quando está sob ataque.
CF: Tu és membro da equipa que vai fazer a curadoria de um novo museu chamado We, The People [Nós, o Povo], que se vai opor fisicamente ao Tribunal Constitucional, em Joanesburgo, no Constitution Hill. “Não acredito nas mentiras” será também a tua medida no processo de curadoria do museu?
LX: Sabes, é tão difícil falar sobre verdades e mentiras, porque as pessoas podem questionar tudo isso. Mas, para mim, objetivamente há mentiras, tais como as do apartheid, do racismo e das desigualdades raciais. Esses regimes são construídos em cima de tantas mentiras sobre as pessoas, desvalorizam a sua humanidade ao não vê-las enquanto humanas. Parte do que espero que o museu We, The People faça é levar as pessoas a questionarem o que é verdade ou mentira. Obviamente, eu tenho a minha própria agenda. Não posso dizer que sou completamente objetiva. Não sou. Há uma história particular que eu quero contar; há uma verdade particular que eu quero contar, e há mentiras específicas que eu quero apontar, especialmente, no que diz respeito à forma como a nossa constituição foi criada. Há tanta desinformação à volta disso, tanto descrédito de pessoas envolvidas nesse processo; figuras dos anos 1990, da geração de Mandela, mas outras ainda mais antigas que não têm as suas contribuições reconhecidas em nenhum lado. E muito deste pensamento vibrante sobre o que a África do Sul poderia ser enquanto nação é atribuído ao ocidente. Reduziu-se ao pensamento ocidental e eu penso que é uma simplificação. E as simplificações podem também resultar em mentiras que precisam ser questionadas.
CF: Estes exercícios de preservação da memória são fundamentais, mas apresentam-se também como um enorme desafio para quem faz a curadoria.
LX: Sim, eu acho que a memória é tão importante… Eu partilhei uma citação de James Baldwin em que fala sobre sofrer as nossas vitórias e triunfos. Não são novidades, mas têm de ser ouvidos sempre. E acho que parte desse processo de fazer com que sejam ouvidos sempre e contar essas histórias, é um desafio a todas as mentiras que nos foram contadas. Uma das minhas escritoras favoritas sul-africanas… Um dos livros mais importantes chama-se Country of My Skull, da poeta africâner chamada Antjie Krog, e no livro há um momento em que ela fala em arrancar-te das garras do esquecimento. Não são as palavras exatas, mas há tanto que foi esquecido que precisa de ser resgatado. Porque quando as pessoas minimizam a violência é porque há muita memória relativamente ao que a violência nos tirou. E é fácil recorrer ao tipo de linguagem em que dizemos “devíamos ter tido uma guerra civil”, “ter resgatado o país com armas”, e tudo mais. E eu acho que esse tipo de tom casual perante a violência é porque pensamos no apartheid em termos muito abstratos. Mas temos que pensar na carne e no sangue e ouvir as histórias dos indivíduos que tinham esperanças e sonhos, e pessoas que queriam estar ainda hoje no mundo. E o Ta-Nehisi Coates também diz isso, as pessoas não queriam simplesmente sacrificar as suas vidas por nós, por esta geração. Eles também queriam aprender. Eles também queriam ter vidas mais preenchidas. Então, para mim, a memória é retratar as pessoas de uma forma real, de forma complexa, de forma humana e não apenas como um sacrifício por nós. O passado é apenas um sacrifício, é só um sacrifício para que possamos estar aqui hoje. É também importante dizer que isso foi difícil, que as pessoas não queriam ter feito isso – abdicado das suas vidas de várias maneiras, através da morte, da prisão. Então, eu acho que parte do que é a preservação da memória é a importância de realmente entender os custos, o preço que foi pago concretamente enquanto um pilar para o futuro. Porque eu penso que, quando não olhamos para trás, quando não fazemos o trabalho de escavar… Há um autor, Tembeka Ngcukaitobi, é um advogado e fez um trabalho histórico importante de, através de arquivos, construir histórias de advogados negros durante o colonialismo, que tiveram um papel instrumental para formar uma visão da nossa constituição, mesmo na altura. A minha postura ficou mais reta ao ouvir isso. Esse é o meu povo. Nós temos pensado isto desde 1800 e adiante. Nós somos muito mais inteligentes do que o apartheid nos quis fazer sentir. Acho que se cria um sentido de dignidade quando memórias do género são preservadas. A memória das nossas contribuições para algo tão magnifico e, ao mesmo tempo, preservar a memória de como a vida era realmente durante o apartheid. Porque quanto mais nos afastamos dessa realidade, mais a diminuímos “Não foi assim tão mau…”, ou “Era melhor que isto…”, ou “Pelo menos na altura tínhamos…” Essa nostalgia tem de ser desafiada. E há também a memória de pessoas que foram esquecidas e tiveram um papel significativo e quero dizer que tudo isso é importante, não se trata apenas dos Nelson Mandela do mundo. Até ele diria que foi preciso quase o mundo inteiro para fazer com que isto [o fim do apartheid] acontecesse. E eu acho que essa verdade tem de ser contada para que não repitamos os erros do passado.
CF: É também simbólico o facto de o museu We, the People vir a ser construído no Constitution Hill, em frente ao Tribunal Constitucional. Qual é o papel desse lugar, localizado em Joanesburgo, para a compreensão da trajetória da África do Sul para a democracia?
LX: Antigamente, o Constitution Hill era um forte militar, em Joanesburgo, antes mesmo de a África do Sul ser um país. Na altura, a África do Sul era apenas um aglomerado de colónias e Joanesburgo estava numa colónia chamada Transvaal. Os descendentes dos holandeses eram os responsáveis por aquela colónia e estavam a proteger aquele território, porque se tinha descoberto ouro e havia o receio de que os ingleses viessem para se apropriar do ouro. Então, essa colina residencial foi militarizada pelos africâneres, tornou-se um forte militar, um lugar de vantagem na preparação para uma guerra. E a guerra chegou mesmo a acontecer. E, para além de militarizarem uma colina e criarem este forte, eles construíram celas para os prisioneiros ingleses. Também havia o aspecto de que agora que somos uma colónia com minas de ouro, há muitos que vão querer procurar a sua sorte e teriam de ser impedidos também. Então, estas são as origens deste lugar que agora é chamado Constitution Hill. Foi um forte militar, depois tornou-se um complexo prisional e foi fechado em 1983, portanto, depois de oitenta anos. Voltou ao nosso imaginário depois da transição do apartheid para uma democracia constitucional. Estávamos a estabelecer um novo tribunal intocado pela história e esse tribunal precisava de uma casa permanente e, simbolicamente, foi escolhido este forte como seu lar, porque queríamos nos posicionar perante o mundo, dizendo que de um lugar de trauma podemos criar um lugar de cura com um sentido de verdade ao não descartar o que aquele lugar foi. Reconhecendo isso, podémos mudar a narrativa tornando-o a casa do Tribunal Constitucional. Tiveram que demolir partes da prisão para abrir caminho para o tribunal, mas não desperdiçaram as partes demolidas, limparam os tijolos das partes demolidas da prisão e com elas construíram o Tribunal Constitucional.
Simbolicamente, acho que isso é dizer que o passado está sempre connosco. É também dizer que este tribunal não apareceu do vazio. Tornou-se necessário por causa deste passado de tantos abusos de direitos humanos. A honestidade e perspetiva do passado permite este tribunal fazer o seu trabalho bem, especialmente, ao imaginar o tipo de futuro que queremos. Tornou-se também um símbolo da democracia. Nós até temos a chama da democracia que foi acendida por Nelson Mandela em frente ao tribunal. E, num belo momento, o Nelson Mandela inaugurou aquele tribunal, em 1995, ele disse “A última vez que estive num tribunal, estava à espera para saber se ia receber a pena de morte. E, agora, estou aqui enquanto vosso presidente a inaugurar este tribunal.” E adivinha, a primeira audição do tribunal foi sobre a abolição da pena de morte e foi esse tribunal que aboliu a pena de morte. Acho que é um lugar redentor e as pessoas ainda têm muita fé nele pela sua relação com o passado ao imaginar um futuro para nós.
CF: Que desafios encontrou a equipa no processo curatorial do museu, que inicialmente seria um arquivo sobre Nelson Mandela, mas que agora será o museu We, The People?
LX: Um dos desafios é onde começar a história. É sempre difícil. Porque tens tantos pontos a partir dos quais podes começar a história e tens um espaço limitado. Não podes contar toda a história. O que priorizar de todas as histórias fantásticas e conteúdos que temos? O que vai efetivamente acabar por ser colocado nas paredes? É um desafio. Como é que cada pessoa da equipa pensa sobre o apartheid? Somos quatro pessoas principais. Eu e o juiz que me ajudou a dar o nome ao meu livro, somos da tradição do Direito, mas ele viveu esta história. As outras pessoas da equipa eram jovens adultos ao longo desta história. E eu surjo no final desta história e tenho uma consciência mais vaga porque não vivi os eventos como eles viveram. Também penso que por causa das nossas trajetórias diferentes e disciplinas, então é um desafio juntar esta equipa para criar uma história. Saber como lidar com certas imagens sem explorá-las. A que vozes devemos dar prioridade? Uma das perguntas era se os africâneres deviam ter voz. Se oficiais do apartheid deveriam ter voz no museu; se deveriam ser entrevistados, citados; quanto espaço deveríamos dedicar-lhes e se deveríamos dedicar-lhes espaço enquanto parte da história. Então há muitas questões narrativas.
Eu espero que o museu We, The People, na sua formação, dê às pessoas a sensação de estar a haver um diálogo contínuo sobre o que a África do Sul deveria ser enquanto país. Que leve o documento da constituição para fora do parlamento e para fora da era dos anos 1990 e que se perceba que nas esquinas, nas igrejas, salões de desporto, nas cabanas nos bares, as pessoas estavam a fazer a constituição, através das conversas que tinham, protestos e demandas. Eu adoraria que ficasse retratado que fazer uma lei autêntica, como a nossa, não é institucional; não acontece entre paredes de um edifício governamental. A nossa constituição começa com as palavras “We, The People” [Nós, o povo], porque, literalmente, foi feita por pessoas que marcharam, que protestaram e criaram e imaginaram; eram artistas, jardineiros, empregadas, todas essas pessoas contribuíram para este nosso pilar legal e os direitos humanos ali articulados.
CF: E é por isso que o museu se chama “We, the People”…
LX: Sim, porque reconhece que foi o povo que criou a constituição.
CF: Alguém fez uma pergunta que achei muito interessante como reflexão quando estamos a trabalhar em instituições. A pessoa dizia, algo como, “quando se está numa instituição está a criar-se poder ou a questionar o poder?”
LX: [risos] Ah, essa, é a pergunta do Adama. Eu não sei. Eu sempre fiz parte de instituições. Enquanto advogada fiz parte de firmas de advogados, de tribunais. Agora sou uma storyteller e entro neste processo com a intenção de questionar o poder. E o museu vai estar fisicamente em frente ao tribunal, como que questionando o tribunal. Espero que seja um lugar de questionamento do poder, da forma como definimos o poder, de como mostramos poder. Mas não sei quais serão as consequências não intencionais. Não consigo dizer isso.
Provavelmente, não é tão simples quanto isso dizer: “Estamos a questionar o poder.” Ao estarmos numa instituição vamos ser questionados pelas pessoas que forem ao museu e vão perceber a narrativa enquanto uma versão institucional da história por estar num museu. Por isso, é que não gosto de pensar no projeto enquanto um museu, mas enquanto um espaço cultural, um lugar comunitário de aprendizagens contínuas em que nada é inabalável. O tribunal, curiosamente, é o lugar onde tudo é rígido, porque é o tribunal supremo e o que lá se diz é a última palavra. Quero que o museu seja um pouco mais incerto e que questione, que haja espaço para mais dúvidas. Enquanto o tribunal precisa de ter mais certezas, as leis precisam de ter algum tipo de certeza. Então só te posso dizer como um indivíduo como vou contar a história. E quando terminar de contar a história, termina a minha tarefa. Não sei que tipo de instituição se vai tornar, mas estamos a tentar prever como será gerida enquanto instituição, como prevenir algumas armadilhas nas quais algumas instituições costumam cair. Se seremos bem-sucedidos, só o tempo dirá.
Podem seguir o trabalho de Lwando Xaso em Including Society.