No próximo dia 6 de outubro, é lançada a primeira parte do projeto prétu, o ábum: “prétu 1 – Xei di Kor”, da qual já tinham sido apresentados os singles “Waters”, “Fidju Maria”, “A Luta Continua”, “Xei di Kor”, bem como “Amor Di Uber” que será incluído na segunda parte. Esperamos que possam ouvir o álbum, que segue em anexo no final do e-mail.

Xullaji é um rapper, músico, poeta sónico e visual nascido em Lisboa, de origens cabo-verdianas. É mais conhecido pelo seu trabalho político no rap enquanto Chullage, e fazer sound design para artistas visuais e teatro em soundslikenuno. Num surto esquizofónico, Xullaji tornou-se Prétu: um afronauta a viajar através de uma dimensão sampledélica.

A obra de prétu é uma pesquisa estética em curso sobre imaginários e possibilidades de resistência à realidade social, política, económica e tecnológica que sistematiza o encerramento, vedação e controle de mobilidade e futuro das pessoas pretas. A música e criação visual sincronizam essa pesquisa sobrepondo diferentes universos e temporalidades africanas por intermédio de samples, programação electrónica e percussões associadas a encenações e colagens imagéticas.

Apesar de sintetizar diferentes géneros musicais não concretiza nenhum. Opta antes por uma densidade há muito banida do regimentário  cultural capitalista  para branco ouvir e dançar. Por branco, leia-se todas as pessoas ocidentalizadas independentemente da sua construção racial. Nesta primeira parte a música conta com as colaborações de Braima Galissá, Mick Trovoada, Lowrasta, Landim, Scúru Fitchádu, Dino d’Santiago, Cachupa Psicadélica, John d’Brava e Tristany.

No plano visual teve as colaborações de Peles Negras Máscaras Negras, Mónica de Miranda, Hangar, Ghost Productions, Orlando “Deja-Vu” Podence, Artur Monteiro e MDA Colors. Envolveu ainda vários dançarinos e dançarinas bem como atores e não atores da comunidade préta das periferias de Lisboa e Margem Sul.