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Transcrição parcial de uma das várias intervenções que houve durante o protesto no Largo de S. Domingos, em Lisboa, no dia internacional para a eliminação da discriminação racial, organizado pelo “Grupo contra a violência e o racismo institucional”.
“Nós temos esta consciência negra porque nós conhecemos a especificidade a particularidade de sermos negros numa sociedade racista. E o racismo de que nós falamos não é o racismo banal. Não é o racismo de ao passarmos na rua chamarem pretos. Não! Esse racismo não nos importa. O racismo que nos importa e que nós criticamos é o racismo das instituições que têm poder. Que têm poder político e que têm poder económico. Têm poder económico para nos dar um trabalho. É por isso que, se a nível nacional a taxa de desemprego está em cerca dos 18%, 19%, nos bairros, onde moram trabalhadores negros e negras, a taxa de desemprego está acima dos 50%. Esse é o racismo institucional que nós vamos combater.
Mas deixa-me dizer também, esta nossa consciência negra é uma consciência aberta e universal. É uma consciência negra aberta ao mundo para nos enriquecermos, para trabalharmos conjuntamente para mudarmos esta sociedade. Esta consciência negra é para nos unirmos ao outro. E quem é o outro?, perguntam. O outro é o meu colega da universidade branco, cigano ou imigrante. O outro é o meu colega de trabalho branco, cigano ou imigrante. O outro é o meu colega que vive no bairro cigano, banco ou imigrante.
Essa nossa consciência negra é uma consciência negra revolucionária!”
Mais info:
Protesto em Lisboa contra o racismo