“Assumir o nosso jeito de escrever”, Esmeralda Ribeiro conta sobre os Cadernos Negros

No Brasil, o Dia da Mulher Negra é celebrado em 25 de julho desde 2014. Essa data foi inspirada no Dia da Mulher Afro-Latina-Americana e Caribenha, a 31 de julho e foi criado em 1992. A comemoração em 25 de julho também coincide com o Dia Nacional de Tereza de Benguela, uma importante líder quilombola que viveu no Estado de Mato Grosso durante o século XVIII.

Essa celebração é uma oportunidade para reafirmar a identidade, a história e a luta das mulheres negras brasileiras. Durante o dia, são realizadas diversas atividades em todo o país, com o objetivo de promover a visibilidade das contribuições e das conquistas das mulheres negras na sociedade brasileira. E as para celebrarmos, voltamos a ouvir a entrevista com Esmeralda Ribeiro,  jornalista, escritora e ativista brasileira e é conhecida por ser coordenadora do coletivo Quilombhoje, um grupo literário afro-brasileiro fundado com os objetivos de incentivar a leitura, difundir informações e conhecimentos sobre a literatura e a cultura negra, e discutir sobre as experiências literárias afro-brasileiras. Ela se tornou membro do grupo em 1982, mesmo ano que publicou seus primeiros poemas na série Cadernos Negros, onde também publicou seu primeiro conto Ogun. Em 1988, ela publicou um romance curto Malungos e milongas. Desde então, afirmou presença em praticamente todos os números da série, sendo a escritora com maior participação dentre as mulheres. Atualmente é a coordenadora editorial da série. Esmeralda também integrou o coletivo Flores de Baobá e trabalhou para a Secretária da Cultura do estado de São Paulo.

Quarenta volumes passados do Cadernos Negros, Esmeralda Riberiro conversou com a Rádio Aforlis, há quatro anos, contando sobre o reconhecimento do contributo dos Cadernos Negros para a visibilidade de autores afrodescendentes e fortalecimento não só a literatura negra, mas também da produção literária das periferias. Conceição Evaristo é uma das escritoras que singrou depois da sua passagem pelo coletivo Quilombhoje. Os Cadernos Negros permanecem alterando-se entre contos e poemas, tornando-se uma forma de veicular a cultura, o pensamento e o modo de vida dos afro-brasileiros.

 

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